A região do Poço da Draga é muito forte quando o assunto é união. Comunidades vizinhas se aproximam e frequentam as programações e as ações desenvolvidas pela Organização não Governamental (ONG) Velaumar, uma entidade criada em 2004 por Rocilda Lima e um grupo de moradores, que não conta com patrocínio financeiro externo, tanto público quanto privado. Hoje, a organização é presidida por Marilac e Isabel Lima, que assumiram a coordenação do local após a morte da mãe.

Na ONG é possível encontrar diversos serviços que são ofertados para a comunidade, tais como atendimentos médicos variados, consultoria jurídica, cursos, oficinas, eventos festivos, cafés da manhã, palestras e programas educativos. Alguns serviços da Velaumar são itinerantes, assim, outras comunidades de Fortaleza recebem sua visita, como a comunidade da Graviola, Moura Brasil, Barroso e Che Guevara, por exemplo. “O intuito é atingir as comunidades que não têm acesso aos serviços e às políticas públicas, independente de comunidade A ou B ou de político A ou B. Nós queremos o melhor comunitário. Essa é a intenção”, garante Marilac Lima, uma das presidentes da ONG.

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A Velaumar se tornou uma espécie de porta voz dos moradores e, juntamente a comunidade, participam das denúncias e das reivindicações ao poder público perante os descasos com a região. “No final do mês de maio, fizemos um movimento para chamar a atenção do poder público sobre o descaso com o Poço da Draga. Por exemplo, não temos uma creche que atenda a demanda da nossa região”, comenta Isabel Cristina, educadora social e também presidente da ONG. “Falta o básico, falta saneamento básico e a creche mais próxima daqui, na Tabajara, só comporta 40 crianças”, completa Marilac, também presidente da Velaumar.