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Fotos: Letícia Feitosa

O SARAU

“Aqui é livre, não é para podar ninguém, a gente canta, a gente grita, a gente tem a liberdade de ser o que quiser ser” Rodrigo BZ

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O Sarau é a festividade mais famosa do Poço da Draga. Em atividade há cinco anos, o evento se transformou em uma tradição na região. “Surgiu quando a atriz e poetisa Joana Angélica deu início ao sarau no pavilhão, junto com a Associação dos Aposentados do Ceará. Ela tocou o projeto por umas três vezes e logo me chamou para ajudar, já que depois ela foi fazer mestrado em Portugal. Ela me pediu para eu dar continuidade ao projeto e foi assim que entrei”, explica Rodrigo  BZ, músico e mediador do Sarau das Guardiãs da Memória.

 

O evento ocorre sempre na segunda quinta-feira de cada mês. No começo, os encontros se davam no pavilhão, mas logo ganharam uma nova sede. “Eu pensei ‘poxa, por que a gente não faz uma vez lá dentro da comunidade?’ E foi aí que a dona Iolanda [Francisca Iolanda Belo] ofereceu a casa dela”, lembra. Com a chegada do Sarau dentro da comunidade, as pessoas começaram a abraçar a ideia. Cada encontro possui um tema, que vai desde alguma data festiva até assuntos relevantes.

 

“As vezes tem muita gente, vem também gente de fora que eu convido e é aberto para todos. Quando tem aniversário ou Natal, a gente vai para ONG fazer amigo secreto. É uma festa mesmo. Aqui é livre, não é para podar ninguém, a gente canta, a gente grita, a gente tem a liberdade de ser o que quiser ser”, completa Rodrigo.

 

O Sarau começou com poesias, Rodrigo cuida da parte musical e a Francisca Iolanda Belo, dona Iolanda, como é conhecida, conduz a poesia falada. “Sempre gostei dessa coisa de arte. A mãe da Isabel [da ONG] me colocava para cantar e recitar poesia. Eu gosto muito! Com o sarau eu consigo praticar mais”, conta dona Iolanda, moradora do Poço da Draga desde 1971,  considerada a “madrinha do poço”.

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Escute Dona Iolanda recitar "Filhos que saem de casa", de Bráulio Bessa:

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